domingo, 16 de junho de 2013

A rapariga que roubava livros, Markus Zusak [Opinião]


Sinopse: 

Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.

Opinião:

Todos os livros são especiais para mim. Até mesmo aqueles que me desiludiram com a sua leitura e que acabaram por viajar até à estante de outra pessoa tiveram o seu momento de glória na minha vida. Com este livrinho, esse sentimento de magia que faz de um monte de folhas de papel presas a uma capa seja tão especial, foi elevado a um expoente máximo de preciosidade. Primeiro, porque este livro não foi uma compra, mas sim uma oferta. Segundo, porque esta oferta foi-me entregue em mãos por uma pessoa que mudou a minha vida e tornou-a melhor com a sua presença (na grande maioria das vezes não é física mas é como se fosse) numa semana que também marcou a minha vida até ao fim dos meus tempos  (a menos que venha a sofrer de amnésia ou alguma doença que degenere a minha memória). E terceiro porque a história deste livro é das mais maravilhosas narrativas que já li desde que comecei a ler assiduamente. 

A capa é de uma beleza simples, mágica e muito apelativa, que não transmite ao leitor os segredos que traz no seu interior. Por dentro temos papel reciclado, não só estamos a cuidar da nossa cultura e alimentar o nosso intelecto como estamos também a preservar o meio ambiente. E quanto à apresentação da narrativa, gente, ainda que tenha deixado passar algumas horas para exteriorizar os meus sentimentos acerca desta história ainda me é difícil transpor para palavras os sentimentos que esta história despoletou em mim.

Quem conta a história de Liesel é a própria Morte em pessoa. O seu sentido de humor vai ao encontro da minha própria definição da Morte. Uma personagem com carácter e um sentido de humor muito próprio. É sarcástica em algumas circunstâncias e, na medida em que conta a história, acaba por cometer ela própria spoilers relativamente à história e adivinhem? Eu até gostei dos spoilers porque os mesmos são propositados. 

A acção vai sendo apresentada como pequenas sequências onde nos é apresentada simultaneamente a história de uma menina que roubava livros e também dos caprichos e desumanidades cometidas durante a segunda guerra mundial às mãos de Adolf Hitler e as suas grandiosas ideias que levaram quase ao extermínio do povo Judeu.

'A rapariga que roubava livros' mostra-nos de que forma o amor e a amizade, a coragem e o medo, a inteligência e imprudência, entre outros, pode mudar o destino das pessoas para sempre.  

Este foi daqueles livros que me fizeram rir e chorar durante a leitura. Principalmente na última parte do livro que me fez chorar baba e ranho numa cena que me tocou profundamente e deixou toda a gente cá de casa a olhar para mim e a perguntarem-se se eu tinha enlouquecido de vez ou teria recebido uma má noticia por sms que me tivesse deixado a chorar como um bebé.

  (Já vos disse que sou muito emotiva, coração de manteiga e uma chorona profissional? :D ) 

Este livrinho é daqueles que sem dúvida devem ler! Eu adorei e amei esta história. Dei-lhe 5* no Goodreads mas queria ter dado 10* ou mais. Um livro excelente.


O meu exemplar
Obrigada Diaba pelo presente *.*


Boas leituras,
15 de Junho 2013







6 comentários:

  1. Sempre às ordens *.*
    Tenho de ler este livro então!

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  2. Comprei este livro na Feira do Livro e estou ansiosa para o ler. Beijos e obrigada pela subscrição do blog:)

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    1. Foi uma leitura deliciosa xD espero que possas desfrutar tanto dela quanto eu :D

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  3. Quando a Ivonne pegou no livro para o comprar, lá na feira, só lhe disse logo: Ai vais ter de mo emprestar! Ahaha Só depois é que ela me disse que era para ti :P
    Mas mal posso esperar por deitar a mão a um exemplar, porque parece mesmo fascinante!

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    1. Ainda me lembro de um livro que tenho para te emprestar :P vê se adivinhas qual!!

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